Nenhum dia faz tanto sentido quanto aquele que elegemos como "Dia Branco". Nesse dia, o fim de um ciclo se confunde com o prenúncio do início de outro. É quando nos deixamos embalar pelas canções, aromas e lembranças. Acessamos o submundo da mente como se obtivéssemos respostas pra tudo aquilo que buscamos, mas encontrá-las não se faz tão importante quanto o processo da procura em si. Nele, o sol parece estar mais quente, as pessoas mais verdadeiras e os próximos mais presentes. Há risos à toa, renovação de promessas, saudade e palavras soltas ao vento sem pretensão de se fazerem ouvir. E apesar dos olhos fechados, tem-se a nítida impressão de que o mundo continua do mesmo jeito, com suas cores, cheiros e sabores. No Dia Branco, escrevemos mais uma vez a nossa história, como um rascunho de tudo que está por vir, preocupando-nos em desenhá-la com atenção e da melhor forma, como uma criança que tenta impressionar os pais. Somos autores e personagens desse dia, seja exorcisando ilusões ou criando vínculos com a realidade. Isso tudo para torná-lo Branco. Mas branco é o conjunto de todas as cores. Então por que o esforço? Porque somos humanos e isso por si só, já basta. Mas se as intenções não se concretizam, vale a pena correr o risco de tentar, porque no final, esse dia será importante e lembrado na sua vida. Portanto, faça do seu Dia Branco o melhor que puder, pra poder olhar pra trás e se dar conta de que podemos sempre recomeçar do zero, quando queremos.
“Ter fé é assinar uma folha em branco e deixar que Deus nela escreva o que quiser”.
"Um bom poema é aquele que nos dá a impressão de que está lendo a gente ... e não a gente a ele!" (Mario Quintana - A vaca e o hipogrifo)
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