terça-feira, 23 de março de 2010

Conselhos..


Por vezes, nos pegamos dando conselhos.
Não por vontade nem por vocação
Quem sabe tenhamos nascido assim?
Talvez saibamos ouvir as palavras que ainda não foram faladas
Ou encontramos espaços nas entrelinhas
Invisíveis para uns e tão óbvias para outros

Talvez seja o modo de se aproximar,
Conquistar espaços
A compaixão pelo semelhante
Ou das histórias de vida paralelamente concorrentes
A experiência do aprendizado através do verdadeiro diálogo

Coisas inexplicáveis se desvendam
Conceitos simples de quem viveu coisas iguais
E expostos em situações diferentes
Há uma linha tênue entre o Conselho e a Opinião
Ambas disputam o mesmo espaço
Mas nenhuma com pretensão de causar danos
Nesse processo, o corpo acalma,
A alma tranquiliza,
E os fantasmas desaparecem
Mas até quando?..
..Podia ser pra sempre!

Pagamos pelo pensamento alheio:
Amor = Devoção?
Sentimento = Emoção?
Não podemos ter medo por sermos fracos
Nem tanto orgulho por sermos fortes
Se queremos, começamos a rir
Se devemos, começamos a chorar
Isso não é o começo do fim

Os conselhos parecem não servir mais...
Retornamos para o casulo de nós mesmos
Distanciando-nos de um tempo em que FALAR e OUVIR caminhavam juntos
Como amigos de infância que se reconhecem num simples olhar.

Nessa arte de pedir e ouvir,
O Conselho permanecerá
Envolvendo corações, almas
e quem sabe, fantasmas!

"Conselho é a linguagem do pensamento traduzida em palavras e com poder de comover" (Giuliano)


"Tenho dois cães dentro de mim. Um é bom e o outro é mau. Os dois vivem brigando. Ganha a briga aquele que alimento mais". (Provérbio indígena americano)

"Procure os seus caminhos, mas não magoe ninguém nessa procura.
Arrependa-se, volte atrás, peça perdão!
Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o!" (Silvana Duboc)

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