terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Lavando a Alma..


Sabe quando a gente precisa falar coisas que por muito tempo estão dentro de nós e não temos oportunidade pra isso? Confesso que tava sentindo falta de passar por essa experiência. Hoje foi um desses dias. Muita coisa pra dizer, outras para ouvir, mas sempre pensando em deixar um saldo positivo como resultado. Isso é que faz a vida valer a pena, afinal! Quem se priva de momentos assim não sabe como é bom falar o que se pensa de quem se pensa e ouvir o que pensam da gente.

Tudo se resume a um bem precioso, porém pouco utilizado, chamado DIÁLOGO. Ele se torna mocinho algumas vezes; noutras, vilão. Não importa o seu papel durante o processo, mas a sensação que ele produz na gente. Aí o nome passa a não ser mais esse... uns chamam de conversa, outros de papo. Hoje eu preferi chamar de "Lavagem da Alma". Espero poder praticar esse hábito mais vezes, na certeza de melhorar aspectos da vida que precisam ser aprimorados, e o mais importante deles: viver!



3 comentários:

  1. Caro Gil

    Clarice disse:
    "Escrevo porque sou um desesperado e estou cansado, não suporto mais a rotina de me ser e se não fosse sempre a novidade que é escrever, eu me morreria simbolicamente todos os dias."

    Portanto escrevemos para estabelecer diálogo com a vida, com o outro, semelhante ou não na busca incessante de uma comunicação... pq isso não é fácil é díficil encontrarmos bons interlocutores e ouvintes, pois segundo Nelson Rodrigues:
    "Ninguém ouve ninguém. O que nós chamamos diálogo é, na maioria dos casos, um monólogo cuja resposta é outro monólogo. Por isso, a nossa vida é a busca desesperada de um ouvinte."

    Mas para não surtarmos e rompermos a vida, parto do princípio que na dúvida eu não entendo a vida, e na buscar de entender, descobri que essa quimera, também foi a sina de Lispector, portanto para finalizar compartilho com você um belíssimo desabafo dela que dialóga comimgo, sempre:


    Não entendo.

    Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender.

    Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras.

    Sinto que sou muito mais completa quando não entendo.

    Não entender, do modo como falo, é um dom.

    Não entender, mas não como um simples de espírito.

    O bom é ser inteligente e não entender.

    É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida.

    É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice.

    Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco.

    Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.

    Clarice Lispector

    ResponderExcluir
  2. maravilhoso...Todos requisitos da sua alma vem seguido de genes materno, entre tantos ser poeta, escritor, pintor, intelectual, me faz horas ao mérito, Daquele q me deu vc....Jesus. Parabéns e continue sempre lavando a alma, p q possamos lavar juntos. Te amo. Bjs. Sua artista Licinha

    ResponderExcluir